quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CONVITE PARA O FIM DO MUNDO

 
            Chegaram novamente as Festas.
             Neste ano, como em alguns outros passados, paira uma dúvida nos corações: será que o mundo vai acabar?
             Desta vez temos data marcada.  Nas ocasiões passadas também.
             Desta vez temos mais medo.  Sabemos o quanto somos corresponsáveis pela existência (ou não) de um futuro sombrio para nós mesmos e para as outras espécies que compartilham nosso planeta.
            E nessa hora, das Festas vindouras, queremos todos    esquecer o “fim do mundo” e falar de amor, de esperança, de fraternidade.
           Desta vez com mais ênfase.  Nas ocasiões passadas também.           Desta vez desejando bons e melhores sentimentos! Sempre soubemos da necessidade de unir mentes e corações para entrar “num novo dia, num novo tempo” e ainda assim, com o passar das festas voltamos à mesmice.
 
  Portanto, hoje não quero lhe cumprimentar e nem lhe fazer os mesmos votos de sempre.
     Quero fazer-lhe um convite...
 para o fim do mundo.
           Então, desta vez, vamos levar a sério as intenções de amor, esperança e fraternidade, colocando a caridade em prática em nossas vidas;
         Desta vez, vamos de fato quebrar os falsos paradigmas que nos impelem a atos egoístas e vaidosos, lutando para vencer aos nossos próprios egos;
         Desta vez, vamos realmente desejar e praticar a superação e aceitação das diferenças raciais, sociais, políticas, religiosas, econômicas, culturais, sexuais, esportivas, entre tantas outras, e expandir a nossa compreensão e aceitação do outro como ele é, filho imperfeito, como todos nós, do mesmo Pai Criador;
        Somente desta vez, vamos de verdade destruir esse velho mundo cinza, contaminado, gasto, usado, abusado e deteriorado que existe dentro de nós e deixar brotar um novo, pleno de ações e atitudes conscientes, renováveis, biodinâmicas, azul, verde, todo colorido e de muita luz.


           Sim. Que venha o fim do desse mundo egóico em 2012.  E que todos nós aceitemos este convite para, em 2013, reconstruir a nossa casa interna com afeto, responsabilidade e afinco. 

           E desta vez, e para todo o sempre, que saibamos cuidar bem desse tesouro que nos é confiado.

           Assim conseguiremos   viver a felicidade almejada.

 

Ralmer Nochimówski Rigoletto



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Teatro Espontâneo / Teatro Debate - WORKSHOP


WORKSHOP 2012
TEATRO ESPONTÂNEO/TEATRO-DEBATE
30 DE NOVEMBRO a 2 DE DEZEMBRO - CAMPINAS-SP
Coordenação: MOYSÉS AGUIAR

 

O teatro-debate é uma modalidade de teatro espontâneo. Como o nome diz, busca estimular a discussão cênica, pelos participantes, de um determinado tema preestabelecido.
A discussão cênica proporciona um aprofundamento que supera a abordagem meramente verbal, abrindo portas que conduzem a compartimentos pouco visitados do sentir e pensar.

O aproveitamento desse potencial exige algumas estratégias de direção e o trabalho de atores-facilitadores devidamente treinados.
Para quem ainda não participou de um teatro-debate, o workshop tem como objetivo uma iniciação vivencial. Para os que já o conhecem, uma revitalização e um aprofundamento técnico além de uma reflexão conjunta sobre sentidos e fundamentos teóricos.

Conteúdo:
1 – Estrutura do teatro-debate
2 –  Facilitação da fase verbal: a técnica do carrossel
3 –  Atuação dos atores facilitadores: cenas espelho e cenas mistas
4 –  Direção cênica: protagonismo, dramaturgia, coprodução
5 –  Processamento técnico e teórico

Local do evento:
Rua Mogi Guaçu, 1270 - Chácara da Barra - Campinas - SP

Data e horários:
De 30/11, sexta-feira, às 18h até domingo, 2/12, às 13h.

O workshop se desenrola em clima de semi -imersão, sendo imprescindível a participação integral, do início ao fim.

Custo:
Inscrições: R$ 480 à vista ou duas parcelas de R$ 250 (a primeira,  no ato de inscrição e  a segunda,  durante o evento).

Forma de inscrição:
Enviar e-mail solicitando a inscrição e informando a data e o valor do depósito bancário efetuado.

(e-mail: moysag@gmail.com; conta bancária: Itaú, ag. 4892, c/c 04841-6, Moysés Aguiar, cpf 032.472.528.00)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

3º Encontro de Psicologia Transpessoal de Campinas

Olá leitor!

Estamos nos aproximando de outro grande e interessante evento, desta vez em Campinas: o 3º Encontro de Psicologia Transpessoal.

Este encontro será uma rara oportunidade de ouvir sobre o amor em diferentes tons, visões, sensações...

A proposta do encontro é de despertar as pessoas para um compromisso maior, que é fazer uso da amorosidade em prol do desenvolvimento da nossa humanidade e consequentemente, trazer mais qualidade de vida para todos.

Aumentar a consciência sobre nossos atos e o quanto estes podem adquirir as tonalidades do amor, Dom Supremo que herdamos do Criador, é uma condição da qual não temos como escapar, pois fomos criados para amar.

Acontecerá no dia 29/09/12, a partir das 8h00, no Hotel Classic Monreale que fica na Av. Aquidabã, 280.


Inscrições e informações no site: www.humanitatis.com

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

III Dia Mundial da Saúde Sexual

Olá leitor!

No dia 06 de setembro, desde 2010, é celebrado o Dia Mundial da Saúde Sexual. 

Essa foi uma iniciativa da WAS - World Association for Sexual Health, convocando todos os países e povos a prestar atenção em suas questões de sexualidade. 

Desde o início tenho participado de alguma forma, ao lado de inúmeros outros colegas, tanto no Brasil como fora, somando perto de 30 países celebrando simultaneamente este dia com atividades científicas e ações direcionadas à saúde sexual.

Neste ano, o tema é "Saúde Sexual para Todos, na Diversidade do Mundo Atual" e, na cidade de São Paulo, fui convidado a representar a WAS como organizador do evento.

Tenho a grata satisfação de compartilhar com você, leitor amigo, a programação. Veja a seguir e, se gostar, apareça!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Reunião na "Sala de Viver - Living Room"


Olá Leitor!

 Dando uma pausa nos escritos sobre o amor, hoje quero comentar de uma reunião que participei dia 01/05/12, num grupo de pensamentos, conversas e debates que está iniciando atividades, o “Sala de Viver – Living Room” e para o qual tive a honra de ser convidado.



Nessa primeira reunião notei que, embora os anfitriões fossem a ponte entre os convivas, os demais “pensadores”, se assim o leitor me permitir chamar-nos, ou não se conheciam, ou conheciam um pouco, exceção feita aos casais presentes.

Demorei um pouco a entender a dinâmica da “sala”, pois a conversa fluiu bem solta logo de cara, sem apresentações, sem escolhas de temas e, posso assegurar-lhes, que os assuntos que emergiram foram pra lá de interessantes.

Do meio para o final é que as apresentações aconteceram, entremeadas por mais discussões. Nossa! Que grupo aquecido!

Eu me enrolei um pouco pra falar da Constelação Sistêmica, o que revela que preciso aprofundar mais no conhecimento teórico, apesar da prática já estar quase totalmente incorporada ao meu trabalho. 

Mas, leitor, sei que não interessa o que aconteceu comigo e sim o que tudo isso pode trazer, também, de benefício a você.  Não terei como reproduzir tudo o que foi pensado, falado ou discutido ali, mas tentarei registrar o melhor de minhas impressões.

Muitos temas emergiram durante a conversa, partindo da crescente invasão e dependência das redes sociais na Internet. Passamos pelo TDAH (Transtorno de atenção e hiperatividade), psicoses, parto domiciliar, constelação familiar sistêmica, sistema educacional e desescolarização, até astrologia / astronomia e a musicalidade dos ritmos das órbitas planetárias no Sistema Solar. Foram aproximadamente 4 horas que passamos ali, falando de nossas impressões, experiências e atividades profissionais, crenças e descrenças, percepções do mundo e das pessoas. Política também, não essa partidária, pobre e contaminada, mas aquela que atua na condução e direção de um povo e sua cultura.

Falamos muito de saúde e educação.  Aliás, o ponto alto da conversa foi a desescolarização, tema este que voltará a ser mote de uma das reuniões. Dentro de tanta diversidade, falou-se também sobre sexualidade (eu não deixaria passar esse tema).

O que me marcou mais profundamente foi perceber o quanto vivemos momentos de intensas mudanças em quase todos os cenários através dos quais todos nós, seres humanos, habitantes deste planeta, transitamos.

John Gagnon, um pesquisador da área de sexualidade, adepto da teoria dos roteiros, agrega em um de seus artigos a necessidade que a diversidade (no caso do artigo, sexual; neste diálogo, entendamos a diversidade em todas as suas expressões) revela de se criar novos roteiros, adaptar e vivenciar o mundo, a sociedade, os sistemas de novas formas.  Numa visão ampliada, ele propõe que as pessoas, em toda a sua diversidade, rompam com a normose instalada e viciada, imposta e ensinada a todos nós e adaptem, criem novos roteiros.

Talvez, uma das propostas desse grupo que se reuniu seja exatamente essa, de olhar para essas novas possibilidades de forma crítica, analítica e, quem sabe, experiencial.

E assim, com essa percepção e colocação, me vi então partícipe naquela “sala de viver”, ao lado de pessoas que também são buscadores de novos roteiros, pensadores em busca de um compreender e fazer melhor, cujo foco não está em si mesmo. 

Aprendi muito e espero ter a possibilidade de, na medida em que novas e profícuas discussões acontecerem, compartilhar minhas impressões com você, leitor.

domingo, 18 de março de 2012

Experimentar a vida: um ato de amor.

Olá leitor!
Conforme comentei no post anterior, estou em fase de aquecimento para o 3º Encontro de Psicologia Transpessoal.  É meu desejo compartilhar novas reflexões.  Aliás, leitor, tenho feito um novo tipo de releitura, que tomo a liberdade de chamar de “leitura vivencial” e que tem sido assim: às vezes me demoro muito num determinado capítulo ou trecho, lendo e relendo, buscando não só uma compreensão teórica, mas, principalmente, uma percepção factual.  Assim, fico analisando por dias e dias, dentro da minha experiência pessoal, profissional e mesmo familiar, o desenrolar dos acontecimentos a partir do que tenho lido.  Tento encaixar o que estou estudando com os acontecimentos cotidianos.  Por isso, uma (re)leitura que seria breve, rápida, tem se estendido para um tempo diferente, longo, uma dimensão vivencial.  Tenho notado que alguns tópicos levam mais tempo do que outros até que eu me considere apto a seguir adiante.  Apto é bem diferente de pronto e você poderá compreender a que me refiro durante o compartilhar das reflexões.  Mais uma vez, espero que goste e aproveite.
No livro AMOR, o prof. Léo Buscaglia citando respectivamente Herbert Otto e Erich Fromm, afirma:

“As mudanças e o crescimento ocorrem quando uma pessoa se expõe e torna-se envolvida com a ideia de experimentar a própria vida”.  
“Viver é um processo contínuo de renascimento. A tragédia da vida da maioria de nós é que morremos antes de termos nascido completamente”.
Desde que nascemos somos “educados” para seguir códigos de padrões sócio culturais que massificam e nos impõem a normose.  Nesse processo, abandonamos a prática de experimentar a própria vida e seguimos um fluxo onde tudo nos é dado pronto, definido como certo, esperado, ajustado ou saudável. A experimentação ficou restrita aos “cientistas” em seus laboratórios, de onde virão as especificações técnicas de como “viver” a partir de uma nova descoberta.
Aprendemos o que e como falar, vestir, comer, ver, ler, sentir e assim nossas escolhas, desejos, preferências cedem lugar ao automatismo.  Que tristeza!  Perceba como, de fato isso anula o compromisso consigo mesmo, de experimentar a própria vida. 
Buscaglia , desenvolvendo  o tema, considera esse ato de experimentar engraçado, alegre e feliz, exigindo do “experimentador” (ao qual prefiro daqui por diante chamar de PESSOA VIVA) que acredite em suas capacidades e recursos; que acredite em si, para que possa viver o desconhecido que às vezes amedronta. Ele não disse, porém, que para conseguir acreditar nesse poder de enfrentar o desconhecido e tirar proveito disso, é necessário se envolver com a vida e permitir-se experimentar.  Note, leitor, que isso é um círculo onde uma coisa reforça a outra.
Conforme comentei no começo do texto, me deixei envolver pela leitura vivencial.  Libertei meu pensamento e minhas sensações no meu dia a dia. Vaguei, observei, senti...  Cheguei ao mundo virtual, este mesmo em que estamos nos comunicando agora.  Pensei nos sentimentos evocados por algumas apresentações feitas em Power Point  e que circulam na rede mundial de computadores.  Algumas fazem muito sucesso entre leitores e propagadores. E qual será o motivo disso? Acredito que esse sucesso tem como base o fato de que tudo aquilo que é recebido pronto confere uma isenção da necessidade de experimentar. A experiência já aconteceu com outro alguém e o resultado está ofertado na dita apresentação. Torna-se algo conhecido, uma receita, uma proposta para realizar daquela forma.  Não há mais a necessidade de enfrentar o desconhecido. Ele já foi deflagrado. Não há mais medo. Nem desafio (!!!).  E grande parte das pessoas automatas se satisfaz apenas em ver a experiência alheia e imaginar como seria isso em suas vidas automáticas. Algumas até se encorajam em repetir a experiência, seguir as orientações, almejando o resultado demonstrado. Auto ajuda? Será? É certo que são belas imagens e bonitas palavras.  
Mas, cabe dizer que no meio dessas mensagens existem as que partem de/alcançam PESSOAS VIVAS. Estas se sensibilizam com a vida e com a experiência do outro. Compreendem que faz parte de um grande processo ao qual respeitam, pois sabem que cada ser será desafiado, testado, confrontado e terá o aprendizado e proveito naquilo que seu eu superior necessita.
Voltei a vagar nos meus pensamentos: que bom que existem pessoas compartilhando experiências.  São seres de amor.
Tornando ao livro, observo que experimentar a própria vida implica num crescimento significativo do ser, que não pode ser ofertado sob a forma de um produto, mas estimulado e encorajado.  Percebo cada dia mais forte a responsabilidade e importância do meu trabalho, retirando pessoas do automatismo normótico, bem como a imensa força que preciso empregar em minha vida pessoal para não me deixar levar para os “enlatados”, para as cristalizações.  UFA!
Neste momento retomo o tema sobre a diferença de estar apto e estar pronto.  Erich Fromm afirma que o processo de renascer é constante.  Penso, porém, que nem todos se dispõem a renascer. Muita gente prefere a zona de conforto proposta pela normose. Renascer significa apreender novos conceitos, valores, novos objetivos, ideias e ideais.  Para que isso se dê, é necessário experimentar a própria vida e abrir espaço para o novo, para o desconhecido. O próprio conceito de renascimento implica em recomeçar, em fazer diferente e enfrentar tudo o que advém dessa rica experiência, reforçando ainda o pensamento de que mesmo aquilo que aparentemente seja ruim nesse processo, serve para aprimorar e lapidar a alma.  Portanto, como você pode ver, leitor, acrescento ao pensamento do prof. Buscaglia a compreensão de que a dor e o sofrimento também fazem parte da experiência vida. E que, dependendo da leitura que se faça desses elementos, o resultado final será, indubitavelmente, o crescimento.
Na minha prática clínica tenho visto muitas pessoas que despertam da experiência da dor e do sofrimento muito mais fortes, preparadas e aptas a renascer sempre, experimentando a vida de forma mais destemida e determinada.
Quando Fromm diz que morremos antes de nascer completamente, aponta o fato de que nunca estaremos prontos.  Sempre haverá um algo a mais, um ponto novo, uma nova experiência.  Junto aqui um conceito do texto passado: a evolução é continua. Mas não vejo isso como uma tragédia. Podemos não ficar prontos, mas teremos cada vez mais aptidão para a vida em sua plenitude e exercendo o maior dom que ela nos confere: o AMOR.
Reexaminar minha vida segundo essa ótica tornou as últimas semanas bastante turbulentas. Nascer, renascer, buscar, experimentar, constatar, tentar mudar, mudar efetivamente são todos processos que nos afetam de diferentes maneiras.  Enxergar a mudança ou apenas a sua mera possibilidade colocam os nervos à flor da pele... Que bom! Estou vivo e sentindo essa intensa, rica e maravilhosa experiência de viver.  De AMAR.  Sim, eu sou uma PESSOA VIVA, um experimentador da própria vida e desejo, do fundo de minha alma, contribuir para que outros o sejam também.


Encerro as palavras de hoje ciente de que isso tudo é apenas mais um momento de aptidão amorosa, posto que sempre haverá algo a acrescentar e que, portanto, nem mesmo este texto deve ter a pretensão de ficar pronto.
Mas deixo como fechamento, leitor,  a poética de Gonzaguinha: Viver, Amar, Valeu!
Quando a atitude de viver,
   É uma extensão do coração
      É muito mais que um prazer,
          É toda carga da emoção
             Que era um encontro com o sonho,
                Que só pintava no horizonte,
                   E de repente diz presente,
                      Sorri, e beija a nossa fronte,
                         E abraça e arrebata a gente,
                            É bom dizer, viver valeu!
                                Ah! Já não é nem mais alegria,
                                   Já não é nem felicidade
                                     É tudo aquilo num sol riso,
                                        É tudo aquilo que é preciso
                                           É tudo aquilo paraíso,
                                              Não há palavra que explique
                                                 É só dizer: viver valeu!
                                                    Ah, eu me ofereço este momento,
                                                       Que não tem paga e nem tem preço
                                                          Essa magia eu reconheço,
                                                             Aqui está a minha sorte,
                                                                Me descobri tão fraco e forte,
                                                                   Me descobri tão sal e doce
                                                                      E o que era amargo acabou-se,
                                                                         É bom dizer viver valeu,
                                                                            É bem dizer: AMAR valeu, AMAR valeu!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Começando a falar de amor.

Olá leitor!
Estive um pouco afastado da escrita, reorganizando coisas, acertando projetos importantes que se darão neste ano.
Um deles será o 3º Encontro de Psicologia Transpessoal de Campinas que acontecerá no final de setembro e que terá como tema principal o AMOR.  É promovido pelo Instituto Humanitatis e vem sendo organizado por um grupo de profissionais muito interessados na sensibilização e elevação das pessoas a uma condição de seres melhores, mais saudáveis e mais felizes e para o qual tive a honra de ser convidado como colaborador.
Mas, voltando ao tema, AMOR, que é bastante instigante, retomei minhas leituras no intuito de aquecimento para a atividade vindoura.  Neste momento estou relendo "AMOR" do Prof. Léo Buscaglia (Ed. Record, RJ, 1972 - 6a edição) e aproveito para trazer alguns trechos que me despertam a atenção e o desejo de compartilhar esse amor.
Aproveite leitor!!!  

“Os rótulos são fenômenos que distanciam.
(...) Não existe palavra suficientemente grande para começar a descrever mesmo o mais simples dos homens.
(...) Existem muitas coisas bonitas em cada ser humano, para que seja rotulado e marginalizado.
E esta pessoa que ama deve reconhecer a responsabilidade.  Não há no mundo responsabilidade maior do que ser um ser humano (...).”
Reflito, neste trecho destacado, o quanto o preconceito é destruidor de pessoas com um potencial infinito.  Já sabemos disso.  Ainda assim, mesmo de forma jocosa ou descontraída, não perdemos a oportunidade de usar os rótulos, desconsiderando o fato de serem ferramentas poderosas a serviço do preconceito.  Acompanhei há tempos um caso interessante onde o rótulo usado era dirigido a uma pessoa de um determinado grupo, de forma a desmerece-la diante dos demais. Porém, quem sofria silenciosamente com o preconceito manifesto era uma outra pessoa que, curiosamente, fazia parte da "turma dos rotuladores".  Ou seja, o preconceito se alastra, como erva daninha que é, e abrange a quem quer que se identifique com o papel ou imagem por ele exposto através do rótulo. O sofrimento dessa pessoa se tornou tão intenso que evoluiu para um quadro de fobia social.  E assim, alguém que era cheia de possibilidades, criatividade e disposição, embotou tudo isso por causa de um rótulo que a pôs em contato com um preconceito. Este, por sua vez, lhe apontava a possibilidade de não ser mais aceita no grupo que amava e onde, consequentemente, já não se sentia amada.

Chamo sua atenção, leitor, para a importante missão do ser que ama, reforçando a idéia do prof. Buscaglia: amar incondicionalmente é uma responsabilidade que temos.  Mesmo àqueles que eventualmente possam “escorregar” em alguma situação ou atitude. Isso é muito pouco dentro do universo de beleza que cada ser humano traz encerrado em si.  Somos todos oriundos do amor e é essa origem que nos confere um legado de beleza e possibilidades infinitas.
O caminho está traçado.  Somos todos peregrinos em condição de aprendizado nessa jornada de retorno ao amor original.  Não há como mudar a rota.  Evolução é lei universal.  Podemos até estacionar, demorar, atrasar um pouco.  Mas inevitavelmente seguiremos nesse caminho, pois é assim que é.
Superar preconceitos, eliminar os rótulos, aceitar incondicionalmente aqueles que se nos apresentam como alguém diferente em aparência, idéias, atitudes, desejos ou cultura, definitivamente significa evoluir como humanidade.


Bem, leitor. Não me estenderei mais, pois seria entrar em processo de repetição.  Mas em breve destacarei outros trechos e tomarei a liberdade de comentá-los. 

Minha intenção com isso? 
Sensibilizá-lo para que possamos, juntos, amar mais!