quinta-feira, 3 de maio de 2012

Reunião na "Sala de Viver - Living Room"


Olá Leitor!

 Dando uma pausa nos escritos sobre o amor, hoje quero comentar de uma reunião que participei dia 01/05/12, num grupo de pensamentos, conversas e debates que está iniciando atividades, o “Sala de Viver – Living Room” e para o qual tive a honra de ser convidado.



Nessa primeira reunião notei que, embora os anfitriões fossem a ponte entre os convivas, os demais “pensadores”, se assim o leitor me permitir chamar-nos, ou não se conheciam, ou conheciam um pouco, exceção feita aos casais presentes.

Demorei um pouco a entender a dinâmica da “sala”, pois a conversa fluiu bem solta logo de cara, sem apresentações, sem escolhas de temas e, posso assegurar-lhes, que os assuntos que emergiram foram pra lá de interessantes.

Do meio para o final é que as apresentações aconteceram, entremeadas por mais discussões. Nossa! Que grupo aquecido!

Eu me enrolei um pouco pra falar da Constelação Sistêmica, o que revela que preciso aprofundar mais no conhecimento teórico, apesar da prática já estar quase totalmente incorporada ao meu trabalho. 

Mas, leitor, sei que não interessa o que aconteceu comigo e sim o que tudo isso pode trazer, também, de benefício a você.  Não terei como reproduzir tudo o que foi pensado, falado ou discutido ali, mas tentarei registrar o melhor de minhas impressões.

Muitos temas emergiram durante a conversa, partindo da crescente invasão e dependência das redes sociais na Internet. Passamos pelo TDAH (Transtorno de atenção e hiperatividade), psicoses, parto domiciliar, constelação familiar sistêmica, sistema educacional e desescolarização, até astrologia / astronomia e a musicalidade dos ritmos das órbitas planetárias no Sistema Solar. Foram aproximadamente 4 horas que passamos ali, falando de nossas impressões, experiências e atividades profissionais, crenças e descrenças, percepções do mundo e das pessoas. Política também, não essa partidária, pobre e contaminada, mas aquela que atua na condução e direção de um povo e sua cultura.

Falamos muito de saúde e educação.  Aliás, o ponto alto da conversa foi a desescolarização, tema este que voltará a ser mote de uma das reuniões. Dentro de tanta diversidade, falou-se também sobre sexualidade (eu não deixaria passar esse tema).

O que me marcou mais profundamente foi perceber o quanto vivemos momentos de intensas mudanças em quase todos os cenários através dos quais todos nós, seres humanos, habitantes deste planeta, transitamos.

John Gagnon, um pesquisador da área de sexualidade, adepto da teoria dos roteiros, agrega em um de seus artigos a necessidade que a diversidade (no caso do artigo, sexual; neste diálogo, entendamos a diversidade em todas as suas expressões) revela de se criar novos roteiros, adaptar e vivenciar o mundo, a sociedade, os sistemas de novas formas.  Numa visão ampliada, ele propõe que as pessoas, em toda a sua diversidade, rompam com a normose instalada e viciada, imposta e ensinada a todos nós e adaptem, criem novos roteiros.

Talvez, uma das propostas desse grupo que se reuniu seja exatamente essa, de olhar para essas novas possibilidades de forma crítica, analítica e, quem sabe, experiencial.

E assim, com essa percepção e colocação, me vi então partícipe naquela “sala de viver”, ao lado de pessoas que também são buscadores de novos roteiros, pensadores em busca de um compreender e fazer melhor, cujo foco não está em si mesmo. 

Aprendi muito e espero ter a possibilidade de, na medida em que novas e profícuas discussões acontecerem, compartilhar minhas impressões com você, leitor.